segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Quem salvará Yasuní:? O drama da conservação da biodiversidade



Onça pintada no Yasuní (Foto: National Geographic Brasil)

    Li recentemente duas ótimas matérias sobre o impasse no Parque Nacional Yasuní, no Equador. Justamente no subsolo da floresta mais rica em biodiversidade do planeta, encontram-se 900 milhões de barris de petróleo, nos campos Ishpingo, Tiputini e Tambococha (ITT). Essa mesma floresta abriga duas tribos indígenas em isolamento voluntário. Quanta ironia! 


Logo da Iniciativa Yasuní-ITT
     O problema é que, para garantir que o petróleo não fosse explorado, os países mais ricos deveriam ter doado altas somas para um fundo, chamado Iniciativa Yasuní-ITT, lançado em 2007 pelo presidente do Equador, Rafael Correa, em parceria com ONGs ecologistas. Como o valor doado foi muito aquém do necessário para deixar o parque intocado (seriam necessários US$ 3,6 bilhões, o que representaria metade do valor da reserva, avaliada em US$ 7,2 bilhões de dólares, mas foi doado apenas US$ 13, 3 milhões até agora, uma quantia ínfima) o presidente anunciou (em cadeia nacional de televisão) em 15/08/2013, que o país exploraria o petróleo. 
Parque Yasuní
    Com isso, a situação chegou a um impasse: ecologistas e indígenas querem uma consulta popular para decidir se o povo equatoriano quer mesmo que o petróleo seja explorado. O presidente chegou a afirmar: “Não podemos ser mendigos sentados em um saco de ouro.” É um caso clássico de conflito entre "desenvolvimento" e preservação ambiental. As matérias, com links abaixo, mostram bem o dilema. Resta saber como será o desfecho final. Por enquanto, o viés antropocêntrico, capitalista, está vencendo. Será que, mesmo que um referendo aconteça, e a população se manifeste contra a exploração, os governantes ouvirão a "voz do povo"?
Quem salvará o paradisíaco Yasuní?

Parque Yasuní (Outras Palavras)

Links para as matérias:

Janeiro de 2013, na National Geographic Brasil
Parque Nacional Yasuní: floresta tropical à venda

Setembro de 2013, no Outras Palavras


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