Vista aérea do Parque Nacional de Abrolhos (Foto: ICM-Bio) |
O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, com área de cerca de 91.300 hectares, foi a primeira reserva marinha do Brasil, criada pelo Decreto nº 88.218, de 6 de abril de 1983, e compõe o bioma Marinho.
O local é um paraíso de beleza e riqueza ecológica. Segundo o pesquisador Rodrigo Leão de Moura, "é o único local do país onde se pode encontrar praticamente todas as espécies de corais do Atlântico Sul em um único mergulho". Apesar disso, é um local extremamente ameaçado pela sobrepesca, exploração de petróleo e mineração.
No documentário abaixo, podemos acompanhar o importante trabalho realizado pelos colaboradores da ONG Conservação Internacional na pesquisa e preservação do parque. Apesar da importância fundamental dessa reserva, ela protege menos de 1% do Banco de Abrolhos. Como outras áreas ricas em biodiversidade no Brasil, podemos perceber o descaso histórico das autoridades com a preservação de seu patrimônio natural - insubstituível.
Até mesmo Darwin se encantou com Abrolhos. A rica fauna do local atraiu Charles Darwin a visitar o arquipélago para realizar alguns estudos em 1830. "As ilhas dos Abrolhos, vistas de uma certa distância, são de um verde brilhante. A vegetação consiste de plantas suculentas e gramina, entremeadas com alguns arbustos e cactos. Embora pequena, a coleção de plantas de Abrolhos contém quase todas as espécies que ali florescem. Pássaros da família dos totipalmados são extremamente abundantes, tais como atobás, rabos-de-palha e fragatas. Talvez o mais surpreendente seja o número de sáurios; quase todas as pedras têm o seu lagarto correspondente; aranhas em grande número; o mesmo com ratos. O fundo do mar em volta é densamente coberto por enormes corais cerebriformes (corais pedrentos, solitários, de aparência semelhante ao cérebro); muitos tinham mais de uma jarda (90 cm) de diâmetro" - Charles Darwin, em 29 de março de 1832 (Fonte: "Aventuras e Descobertas de Darwin a bordo do Beagle" Jorge Zahar Editor, reproduzido no site do ICM-Bio).
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