domingo, 4 de outubro de 2009

Proteção à natureza no RS nos anos 1930-40

     No Rio Grande do Sul, já nas décadas de 1930-40, podemos citar duas importantes iniciativas de defesa ao ambiente natural: o projeto de proteção à natureza, protagonizado por Henrique Luiz Roessler, em São Leopoldo, que fundou a primeira entidade ambientalista gaúcha, a União Protetora da Natureza-UPN, em 1955; e também os estudos do Padre Balduíno Rambo, sobre o ambiente natural gaúcho, pregando a conservação das florestas, em seu livro A Fisionomia do Rio Grande do Sul, publicado em 1942.
     Henrique Luiz Roessler (1896-1963), um porto-alegrense que viveu quase toda a vida em São Leopoldo, começou manifestar-se em prol da natureza, a partir de 1939, quando assumiu o cargo não remunerado de Delegado Regional do Serviço Florestal, vinculado ao Ministério da Agricultura. Em 1954, foi desligado do cargo, fundando no ano seguinte a UPN, e através dela empreendeu um projeto de educação ambiental. Sua atuação se dava fiscalizando caçadores ilícitos, denunciando a poluição dos rios, o desmatamento e a noção de progresso, que distanciava o homem da natureza. Confeccionou e distribuiu inúmeros panfletos de conscientização ecológica e escreveu mais de 300 crônicas no Suplemento Rural do jornal Correio do Povo.
     O Padre Balduíno Rambo (1905-1961) foi professor e botânico, entre outras atividades. Sobrevoou o território de nosso Estado, com o apoio da Força Aérea Brasileira, e fez várias “excursões por terra para coletar, estudar e avaliar suas hipóteses sobre a história natural do Rio Grande do Sul” (SANDER, Martin). Deixou extensa produção intelectual, com ênfase na área de botânica taxonômica. O último capítulo de A Fisionomia do Rio Grande do Sul intitula-se “Proteção às florestas”, em que o autor se mostrava extremamente preocupado com a devastação florestal constatada em seus vôos e caminhadas.



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